O cenário mundial demonstra que a vida se tornou muito diferente do que era em 2019, onde a aproximação entre indivíduos não representava um risco de transmissão de um vírus que se tornou uma pandemia. Diante desta realidade, professores(as) e alunos(as) têm buscado meios de adaptação, e um deles foi continuar os trabalhos, pesquisas, e reuniões por meio de plataformas online. O Grupo de Pesquisa Comunicação, Política e Sociedade (COPS), da UFMA, não parou e já tem colhido os frutos de seus trabalhos de 2020 com a participação de pesquisadores em eventos como o Encontro de Pesquisa e Comunicação na Amazônia (EPCA) e defesa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

Segundo a vice coordenadora do COPS, Isabele Mitozo, as orientações não tem sido afetadas por estarem ocorrendo online e nenhum participante saiu do grupo por falta de recursos tecnológicos. No entanto, há dificuldades na realização de alguns trabalhos que precisam ser realizados de forma presencial, como entrevistas. “Esse foi um problema, por exemplo, para a conclusão de alguns relatórios de pesquisa de Iniciação Científica (PIBIC) 2019-2020, o que foi apenas possível a partir da extensão do prazo de entrega pela UFMA, de modo que as alunas conseguiram combinar e realizar entrevistas em formato à distância”, afirma.

As reuniões do grupo ocorrem por meio do Google Meet, semanalmente, às terças-feiras, às 18h30, onde realizam discursões sobre textos científicos e fazem reflexões a respeito de suas próprias pesquisas com base nas literaturas estudadas. “Eu me sinto feliz e acho que meu trabalho foi realizado com sucesso quando nossas(os) discentes se interessam por participar de eventos, mesmo em meio a esta situação, pois isso demonstra que elas(es), de fato seguiram com suas pesquisas este ano e possuem resultados acerca dessas investigações para apresentar”, diz Isabele.

Evento online – Luana Fonseca Silva, 24 anos, é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFMA, campus Imperatriz. Participa do COPS desde 2017 e foi uma das pesquisadoras que levou trabalho para o EPCA, que ocorreu em agosto deste ano. Ela apresentou um resumo expandido que foi produzido dentro do grupo de pesquisa, cujo tema é redes sociais como ambiente de campanha permanente: uma análise da fanpage do governador Flávio Dino. Este resumo constitui um recorte de seu trabalho de conclusão de curso defendido em dezembro de 2019. “Uma das coisas que me deixa bastante feliz como pesquisadora e integrante do COPS é poder levar o nome do grupo para o evento”, revela Luana.

Outra integrante do grupo que levou trabalho para o EPCA foi a Gabriela Almeida, 21 anos, graduanda em Comunicação Social – Jornalismo pela UFMA. Apresentou um resumo expandido com o tema: os critérios de seleção da notícia no jornal O Estado do Maranhão. Ela atua no grupo desde 2017 e reconhece a importância do COPS em sua trajetória. “Ter a oportunidade de ser bolsista e me aprofundar na pesquisa mudou quem eu sou e quem eu era”, diz Gabriela. Atualmente faz pesquisas sobre gênero e comunicação. “O COPS para mim é uma grande oficina de aprendizado, a gente sempre está discutindo artigos que conversam com nossas pesquisas, nos atualizando e aprendendo mais sobre questões metodológicas, quando chega o momento da prática é quase fluído”, avalia.

Defesa de TCC – A monografia sobre a presença de mulheres como fontes de informação no Jornal Hoje e no JMTV 1º Edição foi produzida por Daniele Silva Lima, 24 anos, pesquisadora do COPS desde 2016. “O maior desafio foi fazer durante a pandemia, com orientações a distância, achei que isso poderia influenciar na qualidade do trabalho, mas acabou que deu tudo certo, as orientações foram feitas a distância, mas não influenciou diretamente na qualidade da orientação e nem do trabalho”, afirma.

Camilla Tavares, docente da UFMA e coordenadora do COPS, foi quem orientou Daniele nesta etapa rumo a sua formação. Segundo ela, as dificuldades existem por você não estar ali presente com a orientanda. No entanto, Daniele já tinha uma pesquisa em andamento, o que facilitou o processo. “Ela já tinha um pouco mais de contato com a linguagem acadêmica. Apesar de o que ela trabalhou no TCC não ter sido exatamente um desdobramento do plano de PIBIC, tinha bastante relação, então, isso ajudou nesse processo”, explica. Apesar dos desafios da orientação online, Camilla informa ainda que mesmo o aluno não tendo uma pesquisa em andamento as dificuldades de orientação podem ser contornadas por meio de um contato maior entre orientador e orientando, mas esse processo é muito particular e vai depender da forma de trabalhar de ambos.

Daniele Lima defendeu o TCC em agosto de 2020 e é uma das 9 discentes do curso de Comunicação Social – Jornalismo, da UFMA de Imperatriz, que colou grau no último dia 16 de outubro.