Coordenados por Camilla Tavares

Desinformação em tempos de pandemia da Covid-19: um estudo sobre fake science e descrédito na ciência em Imperatriz

 Este projeto tem como objetivo analisar o cenário de desinformação e descrédito na ciência no contexto da COVID-19 e propor soluções a partir da divulgação científica, com foco específico na cidade de Imperatriz. O conhecimento científico enfrenta uma onda de descrédito e desconfiança por parte dos cidadãos e, embora isso tenha ficado ainda mais evidente com a pandemia do novo coronavírus, é um fenômeno que remonta ao final da década de 1990, com o surgimento do movimento antivacina. Atualmente, esse cenário se mostra mais complexo devido à fácil disseminação de conteúdo por meio das redes sociais, aliado ao descrédito das instituições. Assim, uma parte da população se mostra bastante descrente com o conteúdo veiculado pelos veículos jornalísticos, enquanto acredita no que chega via redes sociais ou aplicativos de mensagem, como o Whatsapp. Esta pesquisa busca compreender, portanto, o porquê desse descrédito, a partir da realização de grupos focais e acompanhamento dos fluxos de comunicação sobre a COVID-19 em redes sociais e grupos de Whatsapp. De acordo com os resultados obtidos, um segundo eixo do presente projeto visa propor ações para combater essa descrença na ciência e os ataques às instituições, planejando ações de ensino e explorando temas como a divulgação científica, realizadas no âmbito do ensino básico e também do ensino superior.

Entre o discurso e a prática: a percepção dos jornalistas sobre a atuação profissional nas redações maranhenses

 Esta pesquisa tem por objetivo investigar as mudanças no jornalismo praticado em veículos maranhenses a partir da perspectiva dos próprios profissionais. O jornalismo contemporâneo tem passado por um período de transformação, também identificado em outros países. Os motivos que levaram a ele são diversos, mas aqui tomamos dois como cruciais: o econômico e o tecnológico. Estes fatores levam a uma crise de hegemonia, pois constituem um novo cenário de atuação do jornalismo tradicional, num ambiente onde ele deixa de ser a instituição central de mediação e passa a integrar um conjunto de agentes que se destinam a oferecer informações à sociedade, especialmente a partir da internet. Isso gera diversos impactos, especialmente naquilo que se compreende por jornalismo. Porém, as implicações desse cenário ainda são pouco investigadas empiricamente na academia. Tendo esse contexto em vista, a pesquisa destina-se a compreender, em âmbito regional, como os jornalistas percebem essas mudanças nas redações em que trabalham, bem como de que modo elas têm impactado na atuação desses profissionais. Para isso, tomamos como objetos de estudo os jornais O Estado do Maranhão e O Imparcial, de São Luís; O Progresso, de Imperatriz; e os dois telejornais da hora do almoço das afiliadas da Rede Globo e do SBT, de Imperatriz e São Luís, para fins comparativos. A investigação se dará a partir da combinação de diferentes métodos e técnicas, cujos objetivos se destinam a: 1) identificar quais elementos guiam a produção jornalística em diferentes jornais ? impresso/online e televisivos; 2) observar as características da produção em diferentes veículos jornalísticos; 3) verificar a influência da internet e redes sociais no processo produtivo, especialmente no que diz respeito à seleção dos assuntos e papel da audiência; 4) traçar o perfil das redações e dos jornalistas, a fim de observar diferenças na cobertura realizada; 5) analisar o conteúdo produzido por esses jornalistas para comparar o discurso deles sobre a prática jornalística e o resultado dela; 6) investigar como os jornalistas entendem as transformações recentes do jornalismo, e se avaliam que o jornalismo passa por uma crise.

Mulheres na mídia e na política: o discurso construído por elas e sobre elas

Esta pesquisa tem como objetivo central analisar como as mulheres ganham visibilidade no jornalismo e na política, a partir da visibilidade e da construção de seus discursos. Os estudos de gênero, mídia e política, produzidos nas últimas décadas no Brasil, mostram dificuldades da mulher para obter visibilidade pública (BIROLI, 2010), ausência delas na produção jornalística (BIROLI; MIGUEL, 2008), desafios das jornalistas no ambiente de trabalho (ABRAJI, 2017) e ausência de espaço para candidatas no HGPE (CERVI, 2009; TAVARES; MASSUCHIN, 2017). Estas pesquisas mostram que tanto na mídia como na política, verifica-se percalços para a ampla presença e atuação das mulheres, sendo que o campo midiático e o político, apesar das suas regras de funcionamento próprias, trabalham de modo conjunto e integrado neste processo. Seja em ou outro espaço, se pode ocultar ou dar espaço, inibir ou valorizar, transformar ou reproduzir as relações de gênero. Neste sentido, compreende-se que, especialmente no âmbito eleitoral ? principal modo de ascensão das mulheres ao campo político ? a mídia tem atuação fundamental. O problema é que as rotinas e o fazer jornalístico, imbricados também em um problema de gênero, reproduzem as mesmas dificuldades que as mulheres já enfrentam na política. Portanto, são dois desafios: ganhar espaço na cobertura jornalística e, ao mesmo tempo, poder construir os próprios discursos na campanha. Tudo isso ao mesmo tempo, durante o período eleitoral. Sendo assim, por meio de múltiplos métodos ? quantitativo e qualitativo ? e técnicas ? bibliográfica, análise de conteúdo, questionários e entrevistas ? esta pesquisa busca: 1) compreender os avanços dos estudos que unem, gênero, mídia e política; 2) analisar o discurso das candidatas na campanha, por meio do HGPE e das redes sociais; 3) verificar como o jornalismo constrói a imagem das mulheres e, por último, 4) identificar os problemas de gênero nas redações e, especialmente, aqueles encontrados para fazer a cobertura na editoria de política, que são responsáveis pela reprodução de estereótipos.

Coordenados por Isabele Mitozo

Fluxo de informação online e comportamento eleitoral: Campanha política pelo WhatsApp, perfil dos eleitores e decisão do voto

As ferramentas de comunicação digital têm exercido papel importante nas disputas eleitorais em países em desenvolvimento, em que a expansão do acesso à internet tem ocorrido de forma interiorizada, como no Brasil. Este projeto tem por objetivo analisar o fluxo, o teor e a influência do conteúdo compartilhado por meio da ferramenta WhatsApp durante as campanhas presidenciais de 2018 e 2022, assim como nas campanhas municipais de 2020, a partir do estudo de três capitais brasileiras: Belo Horizonte, Salvador e Imperatriz. A escolha dos eleitores das referidas cidades para análise se baseia em características do eleitorado, resultado das eleições de 2018 e características das eleições municipais de 2020. A metodologia consiste em, a partir da coleta de conteúdo disseminado pelo WhatsApp, (a) realizar análise de conteúdo a partir da formação de clusters temáticos e, em seguida, por meio de (b) aplicação de survey online, (c) selecionar eleitores das cidades supracitadas que tenham participado de grupos públicos nesse serviço de mensagens instantâneas para entrevistar posteriormente, a fim de identificar sua exposição às mensagens ali compartilhadas e como elas podem ter influenciado sua decisão eleitoral.

Comunicação online e abertura dos parlamentos: Informação, Transparência e Participação nos portais legislativos brasileiros

O projeto tem por objetivo investigar como os parlamentos brasileiros, nos âmbitos nacional e estadual, têm proporcionado ferramentas online de abertura aos cidadãos, ou seja, de aproximação da esfera civil, em relação à disposição de três instâncias: Informação, Transparência e Participação. Tendo em vista que há duas décadas o ambiente digital vem se estabelecendo como espaço em que os parlamentos têm publicizado suas atividades e desenvolvido ferramentas para se aproximar de seus cidadãos, ganham relevância conceitos a exemplo de e-Transparência e e-Participação, entendidas como transformações das práticas democráticas mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação, constituindo-se vertentes dos estudos em Democracia Digital. Partindo de tais premissas, este projeto propõe analisar especificamente as ferramentas online das casas legislativas brasileiras (Congresso Nacional e Assembleias Legislativas estaduais), relacionadas à disposição das três características apontadas no objetivo central.

 

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Compolítica tem nova diretoria com pesquisadoras do Cops

A Compolítica é uma entidade de natureza interdisciplinar que reúne pesquisadores de diferentes instituições e graus de formação. As principais áreas de atuação se organizam nos estudos sobre comunicação e política.

Coordenadora do Cops integra chapa para eleição da nova diretoria da Compós

Teremos Roseli Figaro concorrendo à presidência, Raquel Recuero para vice-presidente, João Curvello para secretário, Rafael Grohmann para diretor científico e nossa coordenadora Camilla Tavares para tesoureira.

O Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFMA de Imperatriz inicia o ano letivo com nova gestão

A Prof. Dra. Camilla Tavares assumiu como coordenadora e o Prof. Dr. José Messias como vice-coordenador, respectivamente. A mudança ocorre a cada dois anos, e o atual mandato previsto até dezembro de 2022.

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